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A Ordem dos Illuminatis

FIAT JUSTITIA, RUAT COELUM!

(Faça-se a justiça, mesmo que desabem os céus)


Illuminati, do plural do latim Illuminatus (aquele que é iluminado), é o nome dado a diversos grupos, alguns históricos outros modernos, poucos verdadeiros e muitos fictícios. Mais comumente, contudo, o termo Illuminati tem sido empregado especificamente para referir-se aos Illuminati da Baviera. Usos alegados e fictícios do termo referem-se a uma organização conspiracional que controlaria os assuntos mundiais secretamente, normalmente como versão moderna ou como continuação dos Illuminati bávaros. O nome Illuminati é algumas vezes empregado como sinônimo de Nova Ordem Mundial.

Origens do nome

Dado que Illuminati significa literalmente “iluminados” em latim, é natural que diversos grupos históricos, não relacionados entre si, se tenham autodenominados de Illuminati. Freqüentemente faziam isso alegando possuir textos gnósticos ou outras informações arcanas (secretas) não disponíveis ao grande público.

A designação Illuminati esteve em uso também desde o século XIV pelos Brethren of the Free Spirit (Irmãos do Espírito Livre), e no século XV o título foi assumido por outros entusiastas que argumentavam que a luz da iluminação provinha não de uma fonte autorizada, mas secreta, mas de dentro, como resultado de um estado alterado de consciência, ou “iluminismo”, ou seja, esclarecimento espiritual e psíquico.

Os Illuminati são amantes da ciência e querem provar que ela pode perfeitamente conviver com a religião, e tudo da religião pode ser explicado pela ciência e até mesmo criado por ela. Em oito de fevereiro de 1920 Winston Churchill publicou no London Herald uma declaração condenando os Illuminati e prevenindo os ingleses sobre uma conspiração de âmbito mundial contra a moralidade.

Woodrow Wilson fez três pronunciamentos no rádio em 1921 chamando a atenção para o controle crescente dos Illuminati sobre o sistema bancário norte-americano, onde dizia que "Existe um poder tão organizado, tão sutil, tão completo, tão penetrante que ninguém deve falar em voz alta quando fizer críticas a ele."

Cecil Rhodes era um financista inglês e a BBC de Londres, em 16 de novembro de 1984, disse que ele dava bolsas de estudo para arregimentar os jovens das mentes mais brilhantes para os Illuminati. Bill Clinton foi um dos beneficiados por essas bolsas. A mesma BBC de Londres, em cinco de março de 1998, divulgou a notícia que o presidente da Câmara dos Comuns da Inglaterra, Chris Mullin, determinou que todos os membros do parlamento que fossem maçons declarassem abertamente sua filiação. O decreto também incluía policiais e juízes. Ele tinha "preocupações que facções secretas dentro da maçonaria exercessem controle significativo sobre o sistema político e financeiro”.

Há relatos que associam os Illuminati a Galileu, aos Guerenets na França, aos Alumbrados na Espanha, até a Karl Marx e à Revolução Russa.

Os Illuminati foram perseguidos pela Igreja Católica na Idade Média: eram mortos e os corpos eram esquartejados. Dizem que são templários, dizem que estão se reorganizando para destruir a Igreja Católica em sinal de vingança pelos fraternos e instituir de fato a nova ordem mundial. Dizem também que estão infiltrados em muitas organizações secretas, pois assim teriam liberdade e não levantariam suspeitas.

Os Alumbrados na Espanha pertencem ao último grupo mencionado. O historiador Marcelino Menéndez Pelayo encontrou registro do nome já em 1492, mas ligou-os a uma origem gnóstica, e julgou que seus ensinamentos eram promovidos na Espanha por influências vindas da Itália.

Um de seus mais antigos líderes foi a filha de um trabalhador conhecida como a “Beata de Piedrahita”, que chamou a atenção da Inquisição em 1511, por afirmar que mantinha diálogos com Jesus Cristo e a Virgem Maria. Foi salva de uma investigação rigorosa por padrinhos poderosos.

Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus (ordem religiosa da Igreja Católica cujos membros são conhecidos como jesuítas), na época em que estudava em Salamanca em 1527, foi trazido perante uma comissão eclesiástica acusado de simpatia com os alumbrados, mas escapou apenas com uma advertência. Outros não tiveram tanta sorte. Em 1529, uma congregação de ingênuos simpatizantes em Toledo foi submetida à chicoteamento e prisão. Maior rigor foi a conseqüência e por cerca de um século muitos alumbrados foram vítimas da Inquisição, especialmente em Córdoba.

O movimento com o nome de Illuminés parece ter alcançado a França em 1623, proveniente da Espanha, e teve início na região da Picardie francesa, quando Pierce Guérin, pároco de Saint-Georges de Roye, juntou-se em 1634 ao movimento. Seus seguidores, conhecidos por Gurinets, foram suprimidos em 1635. Um século mais tarde, outro grupo de Illuminés mais obscuro apareceu no sul da França em 1722 e parece ter atuado até 1794, tendo afinidades com o grupo conhecido no Reino Unido como French Prophets (Profetas Franceses), um ramo dos Camisards.

Uma classe diferente forma os Rosacruzes, que alegam ter origem em 1422, mas cujo primeiro registro data de 1537. Constituem uma sociedade secreta, que afirma combinar com os mistérios da alquimia a posse de princípios esotéricos de religião. Suas posições estão incorporadas em três tratados anônimos de 1614, mencionados no “Dictionnaire Universel des Sciences Ecclésiastiques”, de Richard and Giraud, Paris 1825. Os Rosacruzes também alegam serem herdeiros dos Cavaleiros do Templo, ou Templários. Dentro da Filosofia Rosa Cruz Illuminati é o estágio de plenitude atingido depois de alguns anos de estudo

Mais tarde, o título Illuminati foi aplicado aos Martinistas Franceses, cuja fundação data de 1754, por Martinez Pasqualis e a seus seguidores, os Martinistas Russos, chefiados em 1790 pelo Professor Schwartz, de Moscovo. Ambos os grupos eram cabalistas ocultistas e alegoristas, absorvendo idéias de Jakob Boehme e Emanuel Swedenborg.

Um movimento de curta duração de republicanos livre-pensadores, o ramo mais radical do Iluminismo – onde atribuiu- se a seus seguidores o nome de Illuminati (mas que a si mesmos chamavam de “perfectibilistas” ou "perfeccionistas") – foi fundado em primeiro de maio de 1776 pelo professor de lei canônica Adam Weishaupt, falecido em 1830, e pelo barão Adolph von Knigge, na cidade de Ingolstadt, Baviera, atual Alemanha.

O grupo foi fundado com o nome de Antigos e Iluminados Profetas da Baviera (Ancient and Illuminated Seers of Bavaria, AISB), mas tem sido chamado de Ordem Illuminati, a Ordem dos Illuminati e os Illuminati bávaros. Na conservadora Baviera, que era dominada pela Igreja Católica Romana e pela aristocracia, a organização não durou muito até ser sufocada pelo poder político.

Em 1784, o governo bávaro baniu todas as sociedades secretas incluindo os Illuminati e os maçons. A estrutura dos Illuminati desmoronou logo, mas enquanto existiu, havia muitos intelectuais influentes e políticos progressistas entre os seus membros. Eles eram recrutados principalmente dentre os maçons e ex-maçons, juravam obediência a seus superiores e estavam divididos em três classes principais: a primeira, conhecida como Berçário, compreendia os graus ascendentes ou ofícios de Preparação, Noviciado, Minerval e Illuminatus Minor; a segunda, conhecida como a Maçonaria, consistia dos graus ascendentes de Illuminatus Major e Illuminatus dirigens, esse último algumas vezes chamado de Cavaleiro Escocês; a terceira, designada de Mistérios, estava subdividida nos graus de Mistérios Menores (Presbítero e Regente) e Mistérios Maiores (Magus e Rex).

Relações com as lojas maçônicas foram estabelecidas em Munique e Freising, em 1780. A ordem tinha ramos na maior parte dos países europeus, mas o número total de membros parece nunca ter sido superior a 2.000. O esquema teve a sua atração para os literatos, como Goethe e Herder, e mesmo para os duques reinantes de Gota e Weimar. Brigas internas foram o estopim para o desmoronamento da organização, que foi efetivado por um édito do governo bávaro em 1785. A ordem foi encerrada em 1788.

Apesar de sua curta duração, os Illuminati da Baviera lançaram uma longa sombra na história popular, graças aos escritos de seus opositores. As sinistras alegações de teorias conspiratórias que têm colorido a imagem dos maçons-livres têm praticamente ofuscado a dos Illuminati.

Em 1797, o Abade Augustin Barruél publicou o livro “Memórias ilustrativas da história do Jacobinismo”, delineando uma vívida teoria conspiratória envolvendo os Cavaleiros Templários, os Rosacruzes, os Jacobinos e os Illuminati. Simultânea e independentemente, um maçom escocês e professor de História Natural, chamado John Robison, começou a publicar “Provas de uma conspiração contra todas as religiões e governos da Europa”, em 1798. Quando viu o livro sobre semelhante tema escrito por Barruél, incluiu extensas citações dele em seu próprio livro. Robinson alegava apresentar evidências de que uma conspiração dos Illuminati estava dedicada a substituir todas as religiões e nações com o humanismo e um governo único mundial, respectivamente.

Mais recentemente, Antony C. Sutton sugeriu que a sociedade secreta Skull and Bones foi fundada como o ramo norte-americano dos Illuminati. Outros pensam que a Scroll and Key também tem origem nos Illuminati.

Robert Gillete defende que esses Illuminati pretendem, em última instância, estabelecer um governo mundial por meio de assassinatos, corrupção, chantagem, controle dos bancos e outras entidades financeiras, infiltração nos governos, e causando guerras e revoluções, com a finalidade de colocar seus próprios membros em posições cada vez mais altas da hierarquia política.

Thomas Jefferson, por outro lado, defendeu que eles pretendiam espalhar informação e os princípios da verdadeira moralidade. Ele atribuiu o caráter secreto dos Illuminati ao que chamou de “a tirania de um déspota e dos sacerdotes”. Ambos parecem concordar que os inimigos dos Illuminati foram os monarcas da Europa e a Igreja. Barruél afirmou que a Revolução Francesa (1789) foi planeada e controlada pelos Illuminati através dos jacobinos, e mais tarde os adeptos de teorias conspiratórias também alegaram a responsabilidade deles na Revolução Russa (1917), embora a Ordem tenha sido oficialmente extinta em 1790.

Diversas fontes sugerem que os Illuminati da Baviera sobreviveram, e talvez existam mesmo até hoje. Os teóricos de conspirações ressaltam a relação entre os Illuminati e a Franco-Maçonaria. Também sugerem que os fundadores dos Estados Unidos da América – sendo alguns deles franco-maçons – estavam “influenciados” por corrupção pelos Illuminati.

Frequentemente o símbolo da pirâmide que tudo vê no Selo de Armas dos Estados Unidos é citado como exemplo do olho sempre presente dos Illuminati sobre os americanos. E também citam que usam nas notas a escrita Novus Ordo Seclorum que significa 'New Deal” (novo ideal) ou Nova Ordem Secular, desmentindo a escrita do lado, que diz “Em Deus Confiamos” (In God we trust). Se por acaso mudarem na palavra Seclorum para Seclurum, passa a significar “Fechado”. Novus pode significar: original, conto, novela. Ordo significa ordem.

Juntando tudo: Novus Ordo Seclurum (original ordem fechada). Jordan Maxwell, pesquisador da Iluminatti, afirma que “Novus Ordo Seclorum" pode ser traduzido para "Nova Ordem Mundial".

Existem pouquíssimas provas para apoiar a hipótese de que o grupo de Weishaupt tenha sobrevivido até o século XIX. Contudo, diversos grupos têm usado a fama dos Illuminati desde então para criar seus próprios ritos, alegando serem os Illuminati, incluindo a Ordo Illuminatorum, Die Alten Erleuchteten Seher Bayerns, The Illuminati Order, e outros.

Os Illuminati históricos foram influências na cultura popular de forma satírica, humorística ou simplesmente de pura ficção. Alguns exemplos:

“Illuminatus!”, de Robert Shea e Robert Anton Wilson, é uma trilogia de ficção científica publicada na década de 1970, que é considerada um clássico cult pela comunidade hacker.

Dois jogos de Steve Jackson Games são baseados no mito: “Illuminati” e a versão “Illuminati: New World Order”.

O livro de Umberto Eco, O Pêndulo de Foucault, é sobre todo tipo de sociedades secretas, incluindo os Illuminati e os Rosacruzes.

“Deus Ex”, um video game considerado revolucionário na época de seu lançamento, apresenta os Illuminati como a facção que invisivelmente deteve poder sobre a humanidade até o início do século XXI(o jogo se passa na década de 2050). Sua seqüência, “Deus Ex: Invisible War” apresenta os Illuminati num papel mais ativo, ganhando o poder novamente após o colapso mundial - um dos três finais possíveis no primeiro jogo.

O livro de Dan Brown, “Anjos e Demônios” é sobre uma ordem dos Illuminati que planeja um golpe contra a Igreja Católica Romana. O livro cita o movimento dos Illuminati como tendo sido fundado por Galileu Galilei e outros, como uma reação do Iluminismo contra suposta perseguição da Igreja Católica.

“Principia Discórdia”, o infame livro sagrado do discordianismo, inclui os Illuminati como uma das forças Greyface que se opõem aos discordianos.

"Lara Croft: Tomb Raider" (2001) apresenta um grupo de maus elementos da alta sociedade que se intitulam Illuminati e que desenvolveram um plano para governar o mundo. Eles e o pai de Lara Croft afirmam que os Illuminati existiram por milénios com essa finalidade.

“Street Fighter III” gira em torno de uma organização que se auto-intitula Illuminati e que pretende criar uma nova utopia.

Na DC Comics, o vilão imortal Vandal Savage se diz fundador dos Illuminati.

Na Marvel, os principais líderes de grupos de heróis (Homem de Ferro, Professor X, Doutor Estranho, Namor, Reed Richards e Raio Negro) formam um grupo secreto chamado Illuminati, destinado a controlar o destino dos superseres.

A banda alemã de Heavy Metal "Gamma Ray" lançou em 2001 o álbum "No World Order" com referencias à Ordem dos Illuminati.

A banda de Heavy Metal americana Agent Steel lançou o álbum "Order of the Iluminatti".


A Ordem dos Illuminatis A Ordem dos Illuminatis Reviewed by Thiago Cardoso on 21:48 Rating: 5

Um comentário

Fragata disse...

Faltou O Questão da DC Comics que pesquisa direto sobre os Illuminati, aparece até no desenho Liga da Justiça Sem Limites xD

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