Sanidade
Olá leitores do blog! Dessa vez, recebi um e-mail esquisito e resolvi postar para vocês. Bem, sei lá quem foi o idiota que começou essa corrente, mas apenas vou postar aqui para não precisar me preocupar. Outro motivo para eu postar isso aqui é que parece bastante com uma creepypasta.
Algumas coisas devem permanecer sem respostas. É essa a maneira que as coisas funcionam e é essa a maneira que as coisas tem que ser. Aprendi isso da pior forma.
Tudo começou quando eu havia me mudado para uma cidade pequena no interior. O clima era frio e ainda era inverno, sendo que as ruas ainda estavam cobertas de neve. Sempre que eu olhava para cima eu via um céu cinzento, e isso me deixava meio desanimado, pois havia me mudado há 1 mês e continuava aquele clima estranho. Os meteorologistas não eram capazes de explicar o porquê do clima.
Eu estava voltando para casa e notei uma coisa que não havia visto antes: era uma espécie de buraco em um muro. Parecia que alguém havia aberto ele com um martelo. Fui mais perto para examinar melhor o lugar e como o nevoeiro não me permitiu, percebi que havia uma trilha através daquele buraco. Eu nunca imaginei que havia uma floresta por trás daquele muro, só achava que era um muro velho.
Achei junto com o martelo um mapa. Tinha um mapa da região e um círculo marcado onde deveria estar a floresta. Seja quem for que fez um buraco no muro, deveria estar desesperado para largar o martelo e o mapa em um lugar onde qualquer um poderia pegar.
Eu ainda tinha tempo de sobra, e só precisava chegar em casa às 19 horas. Por isso, decidi pegar o mapa comigo e seguir pela trilha.
À medida que avançava pela trilha, achei em uma árvore marcado alguma coisa com estilete. Lá dizia:
"Os poucos"
Que tipo de maluco iria escrever algo assim em uma árvore? A frase não tinha sentido, por isso continuei pela trilha. Achei mais uma vez algo marcado em uma árvore:
"Demônios aproximando"
Essa frase me deixou um pouco tenso. Bem, eu sabia que demônios não existiam, são apenas parte da imaginação de pessoas que estão em sanatórios no momento. Eu pensei que era hora de voltar para casa, eu olhei para meu relógio e ainda eram 17:18. O que eu poderia fazer? Estava curioso, e provavelmente é algum engraçadinho que colocou aquelas inscrições nas árvores para me assustar!
De acordo com o meu progresso pela trilha, a paisagem ia mudando. Não era 19h, mas já estava escurecendo e as mensagens nos troncos iam apenas piorando. Pareciam que não foram feitas com estilete, mas sim sendo arranhadas por alguém. As letras estavam vermelhas, como se a pessoa que tinha escrito aquilo tinha feito com as próprias mãos e com desespero.
"Atacam com seu sangue frio assassino"
"Apenas eu"
"Os S?t?ns"
"Inocentes"
A última mensagem me fez entrar em desespero, pelas letras estarem praticamente irreconhecíveis, e o pior: parecia que a árvore sangrava.
Ela estava gotejando sangue das palavras. Eu olhei para meu relógio e ainda estava marcado como "17:18". Mas como é possível??? Eu não posso ter andado tudo aquilo sem gastar um segundo! Meu relógio havia parado desde que entrei por aquele buraco. Então, comecei a correr, fazendo o caminho inverso, voltando desesperado para onde estaria o muro.
Quando finalmente cheguei onde estaria o buraco por onde entrei não havia nada... Nunca havia existido buraco. É como se o muro nunca tivesse sido destruído por lá, ele continuava velho e feio como sempre foi.
Eu olhava com pavor, tentava de alguma forma escalar o muro, mas ele era muito alto. Notei que o céu continuou a escurecer ainda mais. Então foi aí que ouvi uma voz atrás de mim:
"Você nunca mais poderá voltar..."
Olhei para trás e vi a figura de um homem que parecia usar uma máscara e uma densa túnica negra. Assim, eu gritei para ele:
"Por quê? O que aconteceu com o buraco?"
"É muito corajoso de sua parte vir aqui."
"Não mude de assunto!"
"Você leu o aviso que deixamos para quem passasse o buraco?"
Assim me lembrei do mapa e do martelo. Peguei o mapa e notei que tinha algo escrito na parte de trás dele, com algo vermelho. Dizia:
"Deixai, ó vós que entrais, toda a esperança"
Eu fiquei de olhos arregalados e senti minha face empalidecer. Aquela frase é um aviso que estaria no portão do inferno. Eu lentamente olhei para o homem mascarado e gaguejei:
"I-isso s-s-só pode ser uma brincadeira!"
"Eu quero voltar para casa..."
"Mas não poderá. Aceitaste o desafio e ignoraste o aviso. Agora se juntará conosco para sempre, no seu sofrimento eterno!"
A voz do homem mascarado estava mais distorcida e parecia que ele estava aumentando. Não pude evitar gritar de horror quando atrás dele, lentamente labaredas estavam florescendo das árvores e a escuridão começava a imperar mais e mais.
O homem então apontou para uma vala e disse:
"Admire sua cova enquanto pode vê-la. Quando as trevas finalmente imperarem, você entrará em desespero como os outros estúpidos mortais que entraram aqui."
Cheguei perto daquela vala rasa, e encontrei uma pilha de corpos carbonizados. Quando me virei, o homem estava perto de mim. Eu dei um soco nele e abaixei minha cabeça. Vi que sua máscara estava no chão... A única coisa que pude fazer foi olhar para a máscara no chão, eu estava com medo de olhar para o rosto de quem usava.
Apenas olhei para a máscara e ouvi aquele ser respirando, sem ter alterado seu humor mesmo após ter batido nele. A última imagem que me lembro foi de ver o chão escurecendo e ter a sensação que aquele ser apenas ia aumentando.
No final, eu levantei meu olhar e vi por uma fração de segundo a face dele... Eu queria não ter feito aquilo.
No final, só se deu para ouvir meu próprio grito em meio a escuridão. Eu estava sozinho.
Mas sabe o que é? Quando você acaba sendo morto em um lugar como aquele, sua alma não se esvai, ela fica presa naquele lugar para sempre, com uma condenação. A minha condenação é passar essa mensagem para as outras pessoas. Para que essas pessoas tolas acabem lendo a frase que as condenará ao mesmo destino. Uma hora ou outra elas acabarão de frente ao portão do inferno e o adentrarão sem sequer perceber que lugar é aquele.
Eu vou facilitar as coisas para você. Leia apenas as palavras negritadas.
Algumas coisas devem permanecer sem respostas. É essa a maneira que as coisas funcionam e é essa a maneira que as coisas tem que ser. Aprendi isso da pior forma.
Tudo começou quando eu havia me mudado para uma cidade pequena no interior. O clima era frio e ainda era inverno, sendo que as ruas ainda estavam cobertas de neve. Sempre que eu olhava para cima eu via um céu cinzento, e isso me deixava meio desanimado, pois havia me mudado há 1 mês e continuava aquele clima estranho. Os meteorologistas não eram capazes de explicar o porquê do clima.
Eu estava voltando para casa e notei uma coisa que não havia visto antes: era uma espécie de buraco em um muro. Parecia que alguém havia aberto ele com um martelo. Fui mais perto para examinar melhor o lugar e como o nevoeiro não me permitiu, percebi que havia uma trilha através daquele buraco. Eu nunca imaginei que havia uma floresta por trás daquele muro, só achava que era um muro velho.
Achei junto com o martelo um mapa. Tinha um mapa da região e um círculo marcado onde deveria estar a floresta. Seja quem for que fez um buraco no muro, deveria estar desesperado para largar o martelo e o mapa em um lugar onde qualquer um poderia pegar.
Eu ainda tinha tempo de sobra, e só precisava chegar em casa às 19 horas. Por isso, decidi pegar o mapa comigo e seguir pela trilha.
À medida que avançava pela trilha, achei em uma árvore marcado alguma coisa com estilete. Lá dizia:
"Os poucos"
Que tipo de maluco iria escrever algo assim em uma árvore? A frase não tinha sentido, por isso continuei pela trilha. Achei mais uma vez algo marcado em uma árvore:
"Demônios aproximando"
Essa frase me deixou um pouco tenso. Bem, eu sabia que demônios não existiam, são apenas parte da imaginação de pessoas que estão em sanatórios no momento. Eu pensei que era hora de voltar para casa, eu olhei para meu relógio e ainda eram 17:18. O que eu poderia fazer? Estava curioso, e provavelmente é algum engraçadinho que colocou aquelas inscrições nas árvores para me assustar!
De acordo com o meu progresso pela trilha, a paisagem ia mudando. Não era 19h, mas já estava escurecendo e as mensagens nos troncos iam apenas piorando. Pareciam que não foram feitas com estilete, mas sim sendo arranhadas por alguém. As letras estavam vermelhas, como se a pessoa que tinha escrito aquilo tinha feito com as próprias mãos e com desespero.
"Atacam com seu sangue frio assassino"
"Apenas eu"
"Os S?t?ns"
"Inocentes"
A última mensagem me fez entrar em desespero, pelas letras estarem praticamente irreconhecíveis, e o pior: parecia que a árvore sangrava.
Ela estava gotejando sangue das palavras. Eu olhei para meu relógio e ainda estava marcado como "17:18". Mas como é possível??? Eu não posso ter andado tudo aquilo sem gastar um segundo! Meu relógio havia parado desde que entrei por aquele buraco. Então, comecei a correr, fazendo o caminho inverso, voltando desesperado para onde estaria o muro.
Quando finalmente cheguei onde estaria o buraco por onde entrei não havia nada... Nunca havia existido buraco. É como se o muro nunca tivesse sido destruído por lá, ele continuava velho e feio como sempre foi.
Eu olhava com pavor, tentava de alguma forma escalar o muro, mas ele era muito alto. Notei que o céu continuou a escurecer ainda mais. Então foi aí que ouvi uma voz atrás de mim:
"Você nunca mais poderá voltar..."
Olhei para trás e vi a figura de um homem que parecia usar uma máscara e uma densa túnica negra. Assim, eu gritei para ele:
"Por quê? O que aconteceu com o buraco?"
"É muito corajoso de sua parte vir aqui."
"Não mude de assunto!"
"Você leu o aviso que deixamos para quem passasse o buraco?"
Assim me lembrei do mapa e do martelo. Peguei o mapa e notei que tinha algo escrito na parte de trás dele, com algo vermelho. Dizia:
"Deixai, ó vós que entrais, toda a esperança"
Eu fiquei de olhos arregalados e senti minha face empalidecer. Aquela frase é um aviso que estaria no portão do inferno. Eu lentamente olhei para o homem mascarado e gaguejei:
"I-isso s-s-só pode ser uma brincadeira!"
"Eu reconheço essa expressão. É a expressão de quem geralmente descobre que lugar é esse. Que descobre qual será seu destino."
"Eu quero voltar para casa..."
"Mas não poderá. Aceitaste o desafio e ignoraste o aviso. Agora se juntará conosco para sempre, no seu sofrimento eterno!"
A voz do homem mascarado estava mais distorcida e parecia que ele estava aumentando. Não pude evitar gritar de horror quando atrás dele, lentamente labaredas estavam florescendo das árvores e a escuridão começava a imperar mais e mais.
O homem então apontou para uma vala e disse:
"Admire sua cova enquanto pode vê-la. Quando as trevas finalmente imperarem, você entrará em desespero como os outros estúpidos mortais que entraram aqui."
Cheguei perto daquela vala rasa, e encontrei uma pilha de corpos carbonizados. Quando me virei, o homem estava perto de mim. Eu dei um soco nele e abaixei minha cabeça. Vi que sua máscara estava no chão... A única coisa que pude fazer foi olhar para a máscara no chão, eu estava com medo de olhar para o rosto de quem usava.
Apenas olhei para a máscara e ouvi aquele ser respirando, sem ter alterado seu humor mesmo após ter batido nele. A última imagem que me lembro foi de ver o chão escurecendo e ter a sensação que aquele ser apenas ia aumentando.
No final, eu levantei meu olhar e vi por uma fração de segundo a face dele... Eu queria não ter feito aquilo.
No final, só se deu para ouvir meu próprio grito em meio a escuridão. Eu estava sozinho.
Mas sabe o que é? Quando você acaba sendo morto em um lugar como aquele, sua alma não se esvai, ela fica presa naquele lugar para sempre, com uma condenação. A minha condenação é passar essa mensagem para as outras pessoas. Para que essas pessoas tolas acabem lendo a frase que as condenará ao mesmo destino. Uma hora ou outra elas acabarão de frente ao portão do inferno e o adentrarão sem sequer perceber que lugar é aquele.
Eu vou facilitar as coisas para você. Leia apenas as palavras negritadas.
Ah claro... Hoje eles irão buscar algo em sua casa. A resposta está no texto. Se você for esperto, irá impedi-los.
Como disse, algumas coisas devem permanecer sem respostas...
Como disse, algumas coisas devem permanecer sem respostas...
Rodrigo Blockman
Sanidade
Reviewed by Rodrigo Blockman
on
21:31
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3 comentários
SINISTRO
interessante,e ao mesmo tempo fiquei intrigado!
Se eu for para o inferno eu reivindico o trono do Satanas
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