Caso Máscaras de Chumbo
O caso Máscaras de Chumbo aconteceu nos anos 60 e até hoje permanece sem solução. Ele ficou extremamente famoso e já provocou até mesmo uma espécie de "histeria" na população do Rio. Muitos discutem sobre o que os dois engenheiros teriam feito e as hipóteses vão até um possível contato extraterrestre.
"Encontrem-se no ponto designado às quatro e meia da tarde. Às seis e meia ingerir as cápsulas. Após fazer efeito, protejam o rosto com as MÁSCARAS DE CHUMBO. Aguardar o sinal combinado"..
Este bilhete foi a única pista que a Polícia do Rio de Janeiro teve para investigar o aparecimento de dois cadáveres que estavam com MÁSCARAS DE CHUMBO, no topo do Morro do Vintém, localizado em Niterói, município vizinho ao Rio, fato ocorrido no ano de 1966.
A autópsia realizada nos corpos nada revelou que pudesse ser classificada como a causa mortis: não havia qualquer sinal de violência, envenenamento ou distúrbios orgânicos, além da total ausência de contaminação por radioatividade. Os homens teriam morrido entre terça-feira, 16 de agosto, e sábado, 20 de agosto.
O exame grafotécnico realizado no bilhete que fora encontrado ao lado dos corpos, provou que a caligrafia era de umas das vítimas; e pelo pouco que se pôde apurar, soube-se que os dois radiotécnicos (Miguel José Viana, 34 anos, e Manoel Pereira da Cruz, 32 anos) eram dados a experiências envolvendo OVNIs. Centenas de anotações e recortes de notícias sobre discos voadores foram encontradas entre seus pertences.
O que teria ocorrido naquele dia realmente é um mistério. Os dois radiotécnicos moravam em Campos situada no Rio de Janeiro. Saíram de Campos no dia 17, dizendo para suas famílias que iriam comprar material de trabalho. Um carro também estava em seus planos de compras e traziam Cr$ 3 milhões (quantia da época – seria referente a algo em torno de mil dólares), segundo testemunhas posteriores. O dinheiro não foi encontrado. Mas o fato é que eles foram para Niterói, Rio de Janeiro.
Todos os seus passos foram levantados pelos detetives fluminenses. Tomaram o ônibus às 09:00 horas e chegaram em Niterói às 14:30 horas. Compraram num armarinho as capas impermeáveis, que custaram CR$ 9,4 mil, e num bar a água mineral (Casa Brasília, na rua Cel. Gomes Machado e bar São Jorge, à rua Marquês do Paraná). A moça que os atendeu neste último estabelecimento disse que Miguel parecia muito nervoso e toda hora olhava para o relógio. O tempo estava chuvoso e escurecia rapidamente. Por volta das 15:15 horas eles partiram a pé até a Trilha do Morro do Vintém, onde foram vistos por volta das 17 horas. Isto no dia 17 de agosto de 1966. Seus corpos só foram encontrados no dia 20 de agosto de 1966.
O primeiro garoto a ver os corpos, Jorge da Costa Alves, tinha 18 anos e estava na ocasião procurando sua pipa junto com outros meninos no Morro do Vintém quando sentiram um forte odor. Curiosos em descobrir a fonte do odor, encontraram os corpos vestidos com ternos limpos e capas de chuvas novas, deitados de costas e ligeiramente encoberto pelo mato. Imediatamente avisaram a polícia. Nada foi realizado naquela noite, mas ao amanhecer a polícia e os bombeiros foram até o local e encontraram os dois corpos constatando que o garoto não havia mentido.
Quando encontrados, os corpos apresentavam uma coloração rosada. Um dos bilhetes falava em "proteger metais e aguardar sinais máscara". As máscaras estavam lá. Típicas para proteger os olhos contra luminosidade intensa, talvez calor exagerado ou mesmo irradiação. Isto tudo autorizava os detetives a pensarem, inclusive, em alguma atividade extraterrena. Estavam os técnicos pensando em ter contatos com extraterrestres?
Que os rapazes viviam tentando contatos com seres extraterrestres, ou coisas de outro mundo, disto não se tem dúvidas. Eram dados a práticas místicas, faziam experiências estranhas e perigosas. Uma delas foi realizada na praia de Atafona, perto de Campos, e outra foi no jardim da casa de Manuel. Os dois falecidos mais outros dois companheiros de nomes Élcio Côrrea da Silva e Valdir, provocaram um fenômeno que resultou numa tremenda explosão – isso no dia 13 de junho de 1966. Várias casas das redondezas ficaram ligeiramente danificadas e, durante algum tempo, não se falava em outra coisa na região. Os pescadores locais até afirmavam uma história de que um disco voador teria caído na praia; porém essa especulação foi descartada quando as famílias das vítimas testemunharam no inquérito. Conforme seus depoimentos, o equipamento usado em Atafona e Campos era constituído apenas por bombas caseiras, disseram, fabricadas com canos e arames. Élcio chegou a ser preso sob suspeita em 27 de agosto e depois comprovou-se que ele não saiu de Campos no dia da tragédia e os policiais foram obrigados a soltá-lo.
Os jornalistas conseguiram encontrar uma testemunha a qual revelou ser constante a presença de uma "bola luminosa" no topo do Morro do Vintém. A testemunha, dona Gracinda Barbosa Coutinho de Souza, afirmou que no dia da presumível da morte dos dois a "bola luminosa" se aproximou daquele morro, parou por alguns segundos e partiu em uma velocidade extremamente alta. Enquanto ela se dirigia pela Alameda São Boaventura, no bairro do Fonseca, com três de seus filhos, na quarta-feira à noite, a filha Denise (7 anos) disse-lhe para olhar para o céu. Ela viu um objeto oval de cor alaranjada, com uma linha de fogo nas bordas, "soltando raios em todas as direções". Teve tempo de parar e observá-lo cuidadosamente, enquanto o objeto subia e descia verticalmente durante três ou quatro minutos, emitindo um "raio azul" bem definido.
Vale lembrar que os investigadores não encontraram sangue nem sinal de violência na área. Os dois corpos estavam deitados lado a lado. Num bloco de anotações próximos aos cadáveres haviam fórmulas elétricas elementares. Também foi encontrado um pedaço de papel de alumínio azul e branco amassado, um pouco de papel celofane embebido numa substância química, um lenço com as iniciais AMS e uma garrafa de água mineral vazia.
Neste famoso caso das MÁSCARAS DE CHUMBO, as hipóteses surgidas findam na não determinação da causa mortis. Autópsia e exames em geral não detectaram nenhum elemento tóxico ou estranho nos cadáveres. Afinal, o que eram aquelas cápsulas? Quem as forneceu? Quem as manipulou? São perguntas que, se respondidas, poderiam trazer muita luz ao caso. Mas até hoje o caso permanece um mistério. Foram feitas outras diligências, exumação dos cadáveres, novos exames, inclusive de radiação, ouvidas novas testemunhas em Campos e Macaé, outros levantamentos do local, mais minuciosos e cuidadosos.
Contudo, nada mais foi encontrado. Nada que pudesse esclarecer aquelas mortes misteriosas do caso das MÁSCARAS DE CHUMBO...
"Encontrem-se no ponto designado às quatro e meia da tarde. Às seis e meia ingerir as cápsulas. Após fazer efeito, protejam o rosto com as MÁSCARAS DE CHUMBO. Aguardar o sinal combinado"..
Este bilhete foi a única pista que a Polícia do Rio de Janeiro teve para investigar o aparecimento de dois cadáveres que estavam com MÁSCARAS DE CHUMBO, no topo do Morro do Vintém, localizado em Niterói, município vizinho ao Rio, fato ocorrido no ano de 1966.
A autópsia realizada nos corpos nada revelou que pudesse ser classificada como a causa mortis: não havia qualquer sinal de violência, envenenamento ou distúrbios orgânicos, além da total ausência de contaminação por radioatividade. Os homens teriam morrido entre terça-feira, 16 de agosto, e sábado, 20 de agosto.
O exame grafotécnico realizado no bilhete que fora encontrado ao lado dos corpos, provou que a caligrafia era de umas das vítimas; e pelo pouco que se pôde apurar, soube-se que os dois radiotécnicos (Miguel José Viana, 34 anos, e Manoel Pereira da Cruz, 32 anos) eram dados a experiências envolvendo OVNIs. Centenas de anotações e recortes de notícias sobre discos voadores foram encontradas entre seus pertences.
O que teria ocorrido naquele dia realmente é um mistério. Os dois radiotécnicos moravam em Campos situada no Rio de Janeiro. Saíram de Campos no dia 17, dizendo para suas famílias que iriam comprar material de trabalho. Um carro também estava em seus planos de compras e traziam Cr$ 3 milhões (quantia da época – seria referente a algo em torno de mil dólares), segundo testemunhas posteriores. O dinheiro não foi encontrado. Mas o fato é que eles foram para Niterói, Rio de Janeiro.
Todos os seus passos foram levantados pelos detetives fluminenses. Tomaram o ônibus às 09:00 horas e chegaram em Niterói às 14:30 horas. Compraram num armarinho as capas impermeáveis, que custaram CR$ 9,4 mil, e num bar a água mineral (Casa Brasília, na rua Cel. Gomes Machado e bar São Jorge, à rua Marquês do Paraná). A moça que os atendeu neste último estabelecimento disse que Miguel parecia muito nervoso e toda hora olhava para o relógio. O tempo estava chuvoso e escurecia rapidamente. Por volta das 15:15 horas eles partiram a pé até a Trilha do Morro do Vintém, onde foram vistos por volta das 17 horas. Isto no dia 17 de agosto de 1966. Seus corpos só foram encontrados no dia 20 de agosto de 1966.
O primeiro garoto a ver os corpos, Jorge da Costa Alves, tinha 18 anos e estava na ocasião procurando sua pipa junto com outros meninos no Morro do Vintém quando sentiram um forte odor. Curiosos em descobrir a fonte do odor, encontraram os corpos vestidos com ternos limpos e capas de chuvas novas, deitados de costas e ligeiramente encoberto pelo mato. Imediatamente avisaram a polícia. Nada foi realizado naquela noite, mas ao amanhecer a polícia e os bombeiros foram até o local e encontraram os dois corpos constatando que o garoto não havia mentido.
Quando encontrados, os corpos apresentavam uma coloração rosada. Um dos bilhetes falava em "proteger metais e aguardar sinais máscara". As máscaras estavam lá. Típicas para proteger os olhos contra luminosidade intensa, talvez calor exagerado ou mesmo irradiação. Isto tudo autorizava os detetives a pensarem, inclusive, em alguma atividade extraterrena. Estavam os técnicos pensando em ter contatos com extraterrestres?
Que os rapazes viviam tentando contatos com seres extraterrestres, ou coisas de outro mundo, disto não se tem dúvidas. Eram dados a práticas místicas, faziam experiências estranhas e perigosas. Uma delas foi realizada na praia de Atafona, perto de Campos, e outra foi no jardim da casa de Manuel. Os dois falecidos mais outros dois companheiros de nomes Élcio Côrrea da Silva e Valdir, provocaram um fenômeno que resultou numa tremenda explosão – isso no dia 13 de junho de 1966. Várias casas das redondezas ficaram ligeiramente danificadas e, durante algum tempo, não se falava em outra coisa na região. Os pescadores locais até afirmavam uma história de que um disco voador teria caído na praia; porém essa especulação foi descartada quando as famílias das vítimas testemunharam no inquérito. Conforme seus depoimentos, o equipamento usado em Atafona e Campos era constituído apenas por bombas caseiras, disseram, fabricadas com canos e arames. Élcio chegou a ser preso sob suspeita em 27 de agosto e depois comprovou-se que ele não saiu de Campos no dia da tragédia e os policiais foram obrigados a soltá-lo.
Os jornalistas conseguiram encontrar uma testemunha a qual revelou ser constante a presença de uma "bola luminosa" no topo do Morro do Vintém. A testemunha, dona Gracinda Barbosa Coutinho de Souza, afirmou que no dia da presumível da morte dos dois a "bola luminosa" se aproximou daquele morro, parou por alguns segundos e partiu em uma velocidade extremamente alta. Enquanto ela se dirigia pela Alameda São Boaventura, no bairro do Fonseca, com três de seus filhos, na quarta-feira à noite, a filha Denise (7 anos) disse-lhe para olhar para o céu. Ela viu um objeto oval de cor alaranjada, com uma linha de fogo nas bordas, "soltando raios em todas as direções". Teve tempo de parar e observá-lo cuidadosamente, enquanto o objeto subia e descia verticalmente durante três ou quatro minutos, emitindo um "raio azul" bem definido.
Vale lembrar que os investigadores não encontraram sangue nem sinal de violência na área. Os dois corpos estavam deitados lado a lado. Num bloco de anotações próximos aos cadáveres haviam fórmulas elétricas elementares. Também foi encontrado um pedaço de papel de alumínio azul e branco amassado, um pouco de papel celofane embebido numa substância química, um lenço com as iniciais AMS e uma garrafa de água mineral vazia.
Neste famoso caso das MÁSCARAS DE CHUMBO, as hipóteses surgidas findam na não determinação da causa mortis. Autópsia e exames em geral não detectaram nenhum elemento tóxico ou estranho nos cadáveres. Afinal, o que eram aquelas cápsulas? Quem as forneceu? Quem as manipulou? São perguntas que, se respondidas, poderiam trazer muita luz ao caso. Mas até hoje o caso permanece um mistério. Foram feitas outras diligências, exumação dos cadáveres, novos exames, inclusive de radiação, ouvidas novas testemunhas em Campos e Macaé, outros levantamentos do local, mais minuciosos e cuidadosos.
Contudo, nada mais foi encontrado. Nada que pudesse esclarecer aquelas mortes misteriosas do caso das MÁSCARAS DE CHUMBO...
Caso Máscaras de Chumbo
Reviewed by Rodrigo Blockman
on
13:38
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